A prática pedagógica decolonial na educação de jovens e adultos: relato de experiência em uma classe da eja sobre o ensino-aprendizagem da leitura e escrita
Em 05/02/2025
Comentário de Renata Zambelli
Artigo de Julia Pereira Motta, Carolina da Paz Sousa Alves e Maria Vitória Campos Mamede Maia
O artigo traz a oportunidade de acompanhar as vivências de duas alunas em formação no curso de pedagogia da UERJ, no estágio obrigatório de Educação de Jovens (EJA), que propuseram atividades e estratégias para estimular a leitura e escrita a partir de uma prática decolonial. Para isso, o presente artigo inicia-se com um panorama sobre a Educação de Jovens e Adultos contendo apontamentos históricos, propostas de leis e órgãos vigentes atuais. Em seguida apresenta reflexões acerca do pensamento decolonial na prática do EJA com a intenção de romper a lógica colonial e racial que que ainda imera na sociedade atual e é vista nos ambientes educacionais, criando espaços para reconhecer outras formas de saber. Para isso as autoras sugerem a criatividade como recurso e ressaltam que é por meio do brincar que esta criatividade aparece, mas em contrapartida questionam como valorizar esta estratégia com adultos no EJA.
Por meio de reflexões sobre o pensamento de Paulo Freire, que evidencia a necessidade da criatividade e curiosidade para a formação do educando, são feitas ponderações quanto ao a necessidade do estreitamento das trocas de saberes salientando a importância de olhar para o professor e o aluno como sendo parte de um todo, então, neste caminho valorizam a ideia de que ensinar é aprender e aprender a ensinar, ideia esta de muita relevancia para o pensamento psicopedagógico que pode ser visto nas reflexões de Alicia Fernández (2008) que discorre sobre uma interrelação entre aprendente e ensinante e considera que só que esta no papel de ensinante pode aprender e vice-versa. A medida que o pensamento colonial é minimizado, realiza-se uma aproximação do pensamento criativo.
Após apresentação do contexto de onde a pesquisa foi realizada, as alunas/autoras relatam algumas propostas de atividades feitas para a turma de EJA, com o intuito de promover a autonomia, o pensamento crítico e o potencial criativo dos educandos por meio da prática pedagógica decolonial. Concluem que estas práticas contribuíram para o processo de ensino e aprendizagem daqueles alunos.
O artigo pode despertar no leitor reflexões sobre a prática pedagógica decolonial no EJA como um caminho para um processo de ensino-aprendizagem que seja libertador, inclusivo e que valoriza a individualidade dos educandos, transformando-os nos verdadeiros protagonistas de sua aprendizagem. Neste lugar podemos mais uma vez nos aproximar da teoria psicopedagógica.
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