Um psicanalista fazendo outra coisa: reflexões sobre setting na psicanálise extramuros

Em 10/04/2024

Comentário de Sandra Elizabeth Rocha

Artigo de Maria Vitória Campos Mamede Maia e Nadja Nara Barbosa Pinheiro

O artigo traz considerações interessantes sobre atendimentos fora dos consultórios que fizeram emergir em meu pensamento minhas experiências enquanto psicopedagoga clínica.

       Jorge Visca, em seu livro “Clínica Psicopedagógica”, ressalta no capítulo do Processo Corretor, um recurso de intervenção psicopedagógica: a informação extrabox. Com este recurso a informação recai sobre objetos e situações externas ao consultório.

      Maria Lucia Weiss, em seu livro “Psicopedagogia Clínica”, nos conta sobre suas saídas com seus pacientes procurando assim “meios auxiliares no restabelecimento do prazer, na busca do conhecimento em geral e do conhecimento escolar em particular”.

Partindo da premissa que a ação terapêutica é um ato de criação, ora conduzido pelo terapeuta, ora pelo paciente, ora por ambos conjuntamente, sempre que possível e necessário desbravo ambientes além do consultório. Podemos chamar esse recurso de “psicopedagogia de rua”, sendo este um ambiente diferente do que os pacientes estão acostumados a lidar nas sessões convencionais. Isso os permite vivenciar experiências ao entrar em contato com aqueles objetos e situações que facilitam suas aprendizagens. Recorro a esse recurso quando, por exemplo, quero enriquecer os aspectos pedagógicos (conteúdos escolares), trabalhar dependência emocional, falta de iniciativa e/ou autonomia, bem como aqueles que estão com dificuldades de criar sozinhos estratégias para resolução de seus conflitos internos.

     Ao caminhar com os pacientes nas experiências “extramuros” gosto de observar, por exemplo: medos, a autonomia, como lidam com o novo, suas dissociações de campo, como reagem em um ambiente não tradicional de terapia, ansiedades e etc. Isso facilita a condução do processo de aprendizagem do paciente e clareia os próximos passos a serem dados pelo terapeuta.

      Foi uma grande satisfação poder revisitar, através deste artigo, a teoria de Jorge Visca e os ensinamentos de Maria Lucia Weiss. Recomendo a leitura!

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