O amor materno – um mito?

em 07/02/2022

por Irles Maria Araujo Braz

Ao pensarmos no amor da mãe em relação a seu (sua) filho (a), colocamos o foco nessa relação primeva trazendo um questionamento quanto ao amor materno incondicional: trata-se de um mito? 

O tema abrange questões fundamentais e tem presente a evolução sócio-histórica e cultural da imagem mãe – filho (a) ao longo dos séculos, o reconhecimento da mulher e da criança em suas subjetividades e o contexto vigente nas diversas épocas a serem enunciadas. 

Também os mitos merecem um olhar mais acurado, identificando aqueles construídos na antiguidade clássica até os enunciados na sociedade contemporânea. 

Na interlocução com autores que se dedicam ao estudo dos mitos, em diversos contextos, citamos algumas de suas ideias e conceituações a respeito. 

Brunel (1997) define o mito pelas suas funções, consideradas numa tríade: 

A primeira função expressa o mito como uma narrativa, pois ele “conta uma história sagrada, narra um fato importante ocorrido no tempo primordial, no tempo fabuloso dos começos” (op. cit., p. XVI, apud Mircea Iliade). Como segunda função, o mito explica as causas, se constituindo como um jogo no qual uma pergunta formulada tem a resposta decisiva. A terceira é a função reveladora do mito. 

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