A Escrita da Clínica Psicopedagógica
Em 01/05/2023
Comentário de Gisele Holanda Noel
Artigo de Leda Maria Codeço Barone
O texto discute a importância da escrita clínica psicopedagógica ao considerar, ao contrário da medicina, o sujeito em sofrimento em relação à sua condição particular de aprendizagem. Ou seja: o psicopedagogo toma como objeto o sujeito em situação de aprendizagem considerando na escrita da clínica o sujeito em si e não sua patologia.
A autora apresenta suas experiências pessoais como psicopedagoga, com base psicanalítica, e como professora universitária e destaca a diferença entre o relatório ou informe psicopedagógico e o estudo de caso, enfatizando que este último tem como objetivo produzir entendimento a respeito de um fenômeno ao iluminar a narrativa da clínica e a sua importância na produção de conhecimento; uma vez que o relatório se restringe a apresentar os dados brutos coletados.
A autora também propõe uma reflexão sobre a escrita da clínica psicopedagógica a partir do pensamento de Nasio (2001) sobre a escrita do analista, destacando a singularidade do ser que sofre, e de Mezan (1998) sobre os níveis de abstração da escrita da clínica, a fim de responder a questões epistemológicas da psicanálise.
A leitura deste texto, enquanto psicopedagoga, a mim ressona a importância do cuidado que o terapeuta da aprendizagem deve ter ao elaborar e desenvolver a escrita sobre os processos observados em seu cliente, ao englobar sua singularidade, para além dos dados brutos coletados, durante todo o período de investigação avaliativa.
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