A PSICANÁLISE COMO ELEMENTO CONSTITUTIVO NA PRÁTICA PSICOPEDAGÓGICA
Em 29/07/2020
Por Ana Celina Vasconcellos
“Antes de começar gostaria de agradecer a Maria Luiza Leão e ao TEKOA ao convite feito ao Pró-Saber e à oportunidade por estar aqui e falar sobre a prática psicopedagógica da clínica do Instituto Superior de Educação Pró-Saber. Falo em nome da equipe que acompanha o trabalho clínico: a Cinthia Vieira, a Danielle Goldztajn, a Laís Machado e a Teresa Ourivio.
O TEKOA como centro de estudos começa por perguntas e levanta questões… e eu dou prosseguimento à essas questões: como podemos, através da prática psicopedagógica, constatar a psicanálise como elemento constitutivo do nosso trabalho? Como a Maria Cecília Almeida e Silva, diretora do Pró-Saber gosta de lembrar: trazer a peste para a psicopedagogia tal qual Freud teria comentado para Jung em 1909: “eles não sabem que lhes estamos trazendo a peste? ” Quando os dois visitaram os Estados Unidos a convite de Stanley Wall da Universidade Clark de Worcester, referindo-se aos seus estudos do psiquismo humano.
E o que significa trazer a peste para a psicopedagogia? Qual é a importância da psicanálise para a psicopedagogia? O que significa isso?
Compreender o passado é estar no presente e construir o futuro
O histórico da Psicopedagogia
Meus estudos iniciais nesse campo foram feitos no CEPERJ[1], tal qual muitas de vocês, aqui representado pelas nossas queridas professoras Maria Apparecida Mamede e Maria Luiza Teixeira e remontam ao tripé da Psicopedagogia, advogado pelo professor argentino Jorge Visca (1935-2000).
A Psicopedagogia até então surge para atender crianças com dificuldade de aprendizagem. Com Jorge Visca a psicopedagogia torna-se um conhecimento singular tendo como objeto de estudo o processo de aprendizagem. Seu enfoque teórico foi por ele denominado de epistemologia convergente em função da integração recíproca das contribuições das escolas psicanalítica, piagetiana e da psicologia social de Pichon-Rivière. Visca estuda o processo de aprendizagem em crianças vistas a partir dos aspectos: racional, relacional e afetivo que confluem no aprender do ser humano.
[1] Centro de Estudos Psicopedagógicos do Estado do Rio de Janeiro
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